terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Seja breve

Levei tanto tempo para descobrir os sentimentos da vida...
Agora sinto que estou velho
Que tudo mudou
Que nada sei
Que nada sinto.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Poesia número 62

A noite está fria
Você não está aqui
Igual a toda poesia,
Em todas de amor eu vi.

Não posso fazer diferente,
Eu te amo
E isso não sai a da minha mente
Talvez no próximo ano.

Como nas músicas
Espero um ano
Ilusões lúcidas
Eu não me engano.

Que ilusão,
Beijei-te,
Tive teu coração
Deixei-te.

Deixei
Como nos filmes
Viajei
Nada mais simples.

Simples seria,
Ficar ao teu lado,
Todo, todo dia
E não ser atordoado.

Atordoado sempre,
Como nos livros,
Isso realmente não sai da minha mente
Iguais, mortos ou vivos.

Mortos,
como no teatro.
Romeu e Julieta
No último ato.

Atos todos iguais,
Como nos murais
Nunca voltam atrás
Não mais.

Não voltam por falta de opção
Se pudesse voltariam,
Escolher um novo coração.
De novo errariam.

Escolher outro coração
Como na ficção,
Pra tentar uma nova paixão
E de novo errar então.

Apaixonar-se loucamente
Algo por toda a vida,
É o que todos têm em mente,
Até chorarem no momento da partida.

Partida, Despedida
Como nos romances
Até por ventura se reencontrarem na vida,
E criarem novas chances.

Novas chances para fugir,
Novas chances de chorar,
E a ferida reabrir,
E muito se lamentar.

Lamentar, como no drama,
Onde muito se sofre
Ao desenrolar da trama,
E de tudo se foge.

Fugir por fraqueza,
Como uns covardes
Sem destreza
O que encoraja são as bebidas nos fins de tardes.

Fim de tarde a escuridão,
Como nos filmes de terror,
Que amedronta o coração
E nos enche de horror.

Horror do inevitável,
Inaceitável,
Concebível,
Possível.

Impossível como a vida
Inevitável,
Inadmissível partida,
Desse mundo instável.