sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Excesso

Sinto-me fraco,
Como não estou.

Sinto-me fraco.
Não sinto-me o que sou.

O que vejo passar...
Onde está o que vejo?
O que deveria faltar...
Por que nada mais desejo?

Por que sinto-me repleto?
Se nada há para me encher.
Do que sinto-me completo?
Do quê? Não consigo ver.

Por onde anda meu eu?
Por onde anda o que fui?
Se nada de mim se perdeu...
Mas nada me restitui.

Como quebra-cabeça incompleto
Que já se aceitou sempre assim,
Sou só um estranho dialeto.
Sou só um verso sem

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