terça-feira, 5 de setembro de 2017

Ocaso

IV

O que é que não sinto?
Se não o sinto, como o posso saber?
É algo bom e distinto,
Ou me engana o ter?

O longe é distante.
Chacota da razão formal.
Devia sentir perto, o amante.
Mas até o perto é abismal.

Pois então que não sinto nada.
É negro e o silêncio jaz aqui.

Pois então que não quero nada.

É negro;
E o fim já é logo ali.

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