terça-feira, 31 de outubro de 2017

Prisão Perpétua

Sê minha, Pequena,
E abraça-me com o que tens.
Julga meu amor e me condena,
Que meus sentimentos são teus reféns.

Sê ladra e juíza,
Rouba-me e me tem em toda lei a teus pés.
Mas no teu jeito suave de brisa
Sem força me ganha no que és.

Contente por ser condenado sou.
Do julgue conforme se destoou.
A austera justiça do amor
Fez alegria deste coração delator.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

O mesmo segundo

Ah, como me agrada olhar o céu a noite.
Agrada-me ainda mais quando vejo a lua.
Mais ainda a noite tua.
Doce lembrança que não esquecerá.
Nem o esquecimento conseguirá.

Já perdi a conta de quantas vezes vivi o momento.
Que me importa é lembrar cada detalhe.
De puro acaso ao relento,
Com um mínimo barulho que atrapalhe.

Marcou tua tranquilidade,
Numa paz que inundou meu ser.
Marcou-me tua vivacidade,
E em ambos uma vontade d'outro ter.

Foi próximo de um sentimento surreal.
Difícil comprovo sua realidade.
Tudo muito fora do normal,
E o que vivi ficou para saudade.