I
Com que olhar se passa
O que não se passa ao ver?
Por que não vês que me arrasa?
Ah, e nem te posso dizer.
Mas não existe pretensão alguma.
Nem pretendo que se venha a ter.
Ainda que não se sinta nenhuma,
Sente-se que existe sem pretender.
Ah, ilusão do olhar e ser...
Como imagino e me iludo ainda.
É por curiosidade, pelo que faz parecer.
O que não existe por certo não finda.
Mas há, basta saber.
Foi de viver e sentir.
N’um momento, sem compreender,
Perder-me em ver e sorrir.
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